Foto: GE
Todo clube que possui um estádio, uma casa, possui inúmeras histórias, boas ou más, que marcaram o coração do torcedor. Sem dúvidas, a parte mais importante da casa de um clube de futebol é o tapete: o campo. Pois bem, no caso do Bonsucesso, desde 2013, é possível sentir-se um visitante dentro de sua própria casa. O clube perdeu cerca de 23m² de seu campo em um leilão para quitar dívidas. Quem adquiriu o espaço que, além do campo, inclui vestiários, lojas e ginásio, foi a empresa 3 Relup Empreendimentos. O clube possuía uma dívida de aproximadamente 162.000 reais e vendeu o lote, em lance único, por 1,8 milhão de reais. A notícia ganhou força nos últimos dias porque só no mês passado que o clube chegou a um acordo para a desapropriação do espaço.
Mas qual seria o interesse da empresa em arrematar parte do campo de um clube de futebol tradicionalíssimo com o Bonsucesso? Até então, nenhum. A empresa tem o interesse na parte que dá de frente para a Avenida Teixeira de Castro. Parte essa que é composta pelos vestiários, lojas e ginásio. Em entrevista ao portal do GE, a advogada da empresa 3 Relup Empreendimentos, Fernanda Costa Pagani, expôs que a empresa não fará alterações no campo, reforçando o interesse apenas na parte fora do campo. Fernanda também explicou que esses 23m² do campo só entraram no pacote por uma questão de descrição na matrícula do imóvel. Não era possível fazer o arremate de apenas uma parte do terreno. A advogada também disse que, futuramente, a empresa pode cobrar uma taxa do clube pela ocupação da área comprada, se assim desejar.
Um grupo de sócios insatisfeitos com os antigos e atuais gestores do clube procurou o Deputado Federal Otávio Leite (PSDB), autor da lei que proíbe construções em campos de futebol para ajudar a resolver o imbróglio e fazer com que os torcedores se sintam respeitados em sua história.
Texto de Guilherme Henrique
Matéria publicada em 24/06/2021 às 16:15