Foto: Marcos Faria
O Pérolas Negras recebeu o Tigres, na tarde de ontem, pela semifinal da Taça Waldir Amaral, o segundo turno da Série B2. O palco da decisão foi o Estádio Nivaldo Pereira, em Austin, já que o Estádio do Trabalhador, onde o Pérolas costuma mandar seus jogos, passa por manutenção para ser palco das partidas do Resende na Primeira Divisão do Campeonato Carioca.
A partida começou com o Tigres mais agressivo, tentando o gol logo no início, afinal, para a equipe da Baixada, só a vitória interessava. Logo aos 5 minutos do primeiro tempo, Miqueias driblou Belarmino e cruzou para Allan, que estava dentro da área. O artilheiro do Tigres não finalizou bem e a bola foi para fora. Novamente o atacante teve outra oportunidade de gol minutos depois, mas o chute desviou no zagueiro Carlão e saiu pela linha de fundo.
O Pérolas Negras tentava ganhar terreno dentro do jogo e deu o primeiro susto aos 13 minutos: Belarmino cruzou e Chula aproveitou a bobeada da zaga do Tigres para finalizar, porém o goleiro Airon estava atento e fez a defesa. Dois minutos depois foi a vez de Vitinho avançar pela direita e cruzar, só que Guilherme não conseguiu chegar a tempo e a bola passou por ele.
Passados 20 minutos e a parada técnica, o Pérolas Negras, que até então parecia que ia jogar com o regulamento debaixo do braço, por ter a vantagem do empate, resolveu entrar de vez na partida. Acertou a sua marcação, passou a ter o controle do jogo e quase abriu o placar aos 21, com Chula. O atacante recebeu, depois de uma boa jogada de Vitinho pela direita. Depois do cruzamento, a bola passou pelo goleiro Airon que ainda conseguiu se recuperar na jogada e defender o chute de Chula, salvando o Tigres de tomar o primeiro gol.
O primeiro tempo terminou empatado em 0 a 0. Como o Pérolas tinha a vantagem do empate e restavam apenas 45 minutos, o técnico português João Mota fez logo duas substituições no intervalo para tentar ganhar o jogo. Inclusive, numa delas, saiu até o zagueiro Cesar para entrar um atacante, o camisa 18, Candango.
Na tentativa de deixar o time mais ofensivo para tentar a vitória, a Fera da Baixada ficou mais vulnerável aos ataques do time da Vivo Rio e isso foi fatal no segundo tempo. Aos 16 minutos, o Pérolas tem a primeira grande chance de gol da segunda etapa: MV cruzou da ponta direita, Guilherme cabeceou, e na sobra, Pietro erra o chute.
Não demorou muito para o gol do Pérolas Negras sair. E foi de pênalti: MV é parado com falta dentro da área e o juiz marcou pênalti. Andinho bateu e abriu o placar: 1 a 0 para o Pérolas.
O segundo gol veio aos 26: MV partiu pela esquerda e cruzou para Chula, que não perdoou.
O Tigres sentiu os gols e não conseguia se encontrar na partida. O clube de Xerém era sempre surpreendido pelos contra-ataques mortais do Pérolas Negras, que perdeu uma boa chance de ampliar aos 36: Gleidson tocou para Foguete, que fez o cruzamento para Zambi, que só não marcou porque Airon fez grande defesa.
O confronto parecia definido, até que aos 45 do segundo tempo, saiu o terceiro gol. Novamente MV foi derrubado na área, depois de dar uma sequência de dribles. Ele mesmo bateu e fez 3 a 0 para o clube resendense.
A grande final da Taça Waldir Amaral acontece no próximo sábado (23), às 15h e será novamente no Estádio Nivaldo Pereira. O Pérolas Negras irá enfrentar o Ceres, que venceu o Barra da Tijuca na outra semifinal, por 1 a 0.
Texto de Pedro Sodré
Matéria publicada em 21/01/2021, às 14:27