Foto: Divulgação/VRFC
Treinador que vem fazendo bom trabalho no Volta Redonda, Neto Colucci falou com exclusividade ao Cariocado. A sua equipe enfrenta o Flamengo logo mais pela primeira partida das semifinais do Carioca. O jogo será no Raulino de Oliveira e os mandantes precisam buscar uma vitória, pois dois empates classificam o Flamengo.
A última rodada da Taça Guanabara foi entre as duas equipes, com vitória rubro-negra por 2 a 1 e conquista do título pelo Flamengo. Analisando essa partida, o treinador do Voltaço comentou como se preparou para a primeira partida da semifinal:
"A nossa preparação se pautou muito na análise do jogo anterior contra o Flamengo, as características principais da equipe e o modelo com dois atacantes. Também estudamos com apenas um atacante, caso seja o Pedro ou o Rodrigo Muniz. Nós estudamos estratégias de marcação, mas também nos preparamos para situações ofensivas, já que não iremos ficar o tempo todo nos defendendo. Nossa equipe é muito vertical e não vamos abandonar essa característica. É esperar a escalação do adversário para decidir qual das estratégias vamos colocar em prática."
Pelo fato de jogar em casa, onde mantém uma escrita de quase dois anos sem derrotas, Neto explicitou a importância do estádio:
"No Raulino de Oliveira, conhecemos o gramado, a largura, coisas que não estamos acostumados no Maracanã. Por estarmos acostumados com o Raulino, sabemos o que podemos utilizar para conseguir vantagens durante o jogo. Nós já sabemos em quais áreas do campo vamos adotar certas estratégias. Caso consigamos uma vitória, teremos a oportunidade de jogar pelo empate na partida da volta. Mas o objetivo principal é a vitória em casa."
Ainda muito recente, a última rodada da Taça Guanabara deixou alguns ensinamentos para o Voltaço. O treinador da equipe viu com bons olhos a pressão alta com cinco atletas, e declarou que pode ser uma boa estratégia:
"Sobre essa estratégia, nós vamos tentar manter uma pressão alta. Sabemos da qualidade e entrosamento do adversário, mas iremos fazer marcações em bloco alto, variando para também pegá-los desprevenidos. Vamos tentar sempre equilibrar o número de jogadores nos setores dos campos, buscando uma transição rápida e direta para o gol"
Quando perguntado sobre a questão física, tendo em vista que o Flamengo teve um confronto de Libertadores durante a semana, Neto parece não levar isso tanto em consideração, visto que ambos os clubes contam com profissionais de alto nível em seus departamentos:
"Por mais que o placar entre Flamengo e La Calera tenha sido elástico (4 a 1), o La Calera subiu a produção e incomodou em alguns momentos. Mas sabemos que o Flamengo tem um departamento de fisiologia de alto nível, e eles sabem bem o que precisam fazer para manter o nível. Isso é normal, não deve influenciar, assim como o Volta Redonda. Com certeza será uma partida de muita entrega na parte física.
Para tentar buscar a vitória, o treinador do Volta Redonda estudou muito o seu adversário e percebeu alguns pontos fracos. A transição rápida e jogadas de bola parada têm sido um martírio para a defesa flamenguista, e Neto falou sobre o tema:
"Pela característica do Flamengo em colocar muitos atletas no campo defensivo, a melhor maneira de fazer gols é, de fato, em transições rápidas e verticais ou bolas paradas. A própria característica do Flamengo permite que os gols saiam dessas formas, pois é muito difícil que eles fiquem atrás e sem a posse de bola. Vamos tentar aproveitar essa oportunidades para buscar marcar e, se possível, garantir a vitória."
Finalizando a entrevista, Neto foi perguntado sobre uma possível briga entre Gabigol e Alef Manga, artilheiro do Carioca. O treinador entendeu como algo de jogo, recorrente e que não era nada mais do que um problema no campo:
"Essa discussão é besteira, coisa de campo. Sempre escutamos tantas coisas, pessoas de cabeça quente. Mas o que acontece no campo, morre ali mesmo. Depois desse jogo, o Gabigol estava junto do Bruno Henrique e o Alef. Não é nada demais. As pessoas até tentam fomentar para gerar algum debate, mas não é nada demais, coisa de jogo."
Texto de Pedro Vinícius
Matéria publicada em 01/05/2021 às 20:00