Foto: Christian Fuentes
Nesta segunda-feira (30), tivemos dois jogos na Rua Bariri. Após o empate em 3 a 3 no jogo entre Campo Grande e Queimados, Ceres e Tigres do Brasil jogaram na partida da tarde. E numa jogo marcado por falhas bisonhas, expulsão, confusão e algumas defesas difíceis, a Fera da Baixada venceu por 1 a 0. Gol de Douglas Candango.
A partida começou até equilibrada, apesar do forte calor que fazia no estádio Mourão Filho em Olaria. Porém, as falhas bisonhas começaram logo nos primeiros minutos. Aos 8, uma chance perigosa pro Ceres, com Jobinho, que fez um verdadeiro carnaval na zaga do time de Xerém e mandou um balaço pra fora.
Logo em seguida, foi a vez do Tigres levar perigo com Douglas Candango, que firulou na defesa do Ceres e mandou um chutaço, afastado pela mesma defesa Alvianil.
Porém, os erros técnicos surgiram: aos 13 minutos, Michelon, do Tigres, tentou cruzar, mas entregou o ouro pro time da Rua da Chita. Aos 15, Vinícius tentou duas vezes, mas a última bola desviou pela lateral.
Aos 16, mais uma chance pro Tigres: Cleber e Douglas Candango tabelaram e o camisa 9 da Fera mandou mais uma bomba. Era pro gol, mas Mancuso, do Ceres, desviou.
O primeiro tempo foi marcado por muitas pixotadas. Muitas mesmo. Mas até a parada técnica, os dois times também criaram boas chances, atacando e contra-atacando. Um desses momentos foi quando Eugênio, do Tigres, chutou forte para defesaça de Léo Flores e logo em seguida, o Ceres foi em velocidade, mas a finalização parou nas mãos de Airon, do Tigres.
O juiz Lucas Estevão também parece que sentiu o calorão em Olaria. Ele deu tempo técnico só aos 30 minutos do primeiro tempo, dez minutos depois do recomendado pela FERJ.
Aos 38, quase que o Ceres abre o placar com um gol contra. Davi se livrou dos marcadores e chutou forte. A bola desviou no zagueiro Emerson, do Tigres. Porém, Arion, como um gato, foi mais esperto e defendeu.
E as confusões do juiz só aumentaram. O árbitro Lucas Estevão apitou o final do primeiro tempo, mesmo com dois minutos a serem cumpridos (a se observar na súmula). E assim foi o primeiro tempo: falhas bisonhas, chutaços e o zero não teimava em sair do placar.
O segundo tempo começou com as mesmas deficiências do primeiro. Matheus Manhães, do Ceres tentou receber um lançamento, mas em vez de ir pro camisa 6, a bola foi pro alambrado.
Uma das diferenças do primeiro pro segundo tempo foi que na etapa final, os times passaram a ficar um pouco mais violentos. Começou com Cleber, do Tigres, que deu uma entrada dura em Matheus Manhães, do Ceres.
Apesar do forte calor, os times não se desgastavam, uma coisa muito diferente do jogo entre Campo Grande e Pérolas Negras, sexta-feira, na mesma Bariri, onde alguns jogadores do Campusca sofreram com o calor.
Aos 5 minutos, o Tigres ficou com um a menos em campo. Depois de dar uma entrada violenta, Emerson, do Tigres, que já tinha amarelo, foi expulso.
Mas quem disse que mesmo com um a menos, a Fera da Baixada iria se acomodar?
Pois bem, o Tigres foi valente. Logo depois da expulsão, a zaga do time caxiense cortou um chutaço de Anderson Calado, do Ceres e além disso, o Tigres foi ao ataque. Mesmo com um a mais, o Ceres não aproveitou e depois de uma saída de bola desastrosa, Douglas Candango foi rápido no contra-ataque e mandou um foguete pro gol, mas a defesa do Ceres se recompôs e cortou.
No final do primeiro terço do segundo tempo, o Tigres mexeu e essas mexidas deram mais velocidade e deram mais trabalho para Léo Flores.
Aos 16, o técnico Válber Aureo fez duas mexidas para tornar o time da Rua da Chita mais ofensivo. Botou dois atacantes e um lateral (um pouco antes, Michael entrou no lugar de Léo Franco). A entrada de Cláudio Pagodinho deu mais qualidade e velocidade às jogadas do Ceres. Porém, as chances continuaram sendo desperdiçadas. Igor Salles mandou a bola pra fora.
E mesmo com um a menos, o Tigres se deu bem. Douglas Candango aproveitou um contra-ataque após confusão na área da Fera, entortou o zagueiro adversário e mandou devagarinho pro canto de Léo Flores. Tigres 1 a 0.
E o Tigres queria mais. As mexidas foram mais efetivas e a Fera estava sedenta pelo segundo gol. O Ceres fez mais uma mexida para tornar o time mais ofensivo, em busca do gol de empate.
Porém, mesmo com a vantagem em número de jogadores e mesmo com as mexidas, o Ceres continuou a desperdiçar chances. Em uma delas, houve falha de comunicação no ataque. Na outra, a bola foi isolada de novo.
E no finalzinho do jogo, pancadaria. Tudo começou com uma provocação de jogadores do Tigres ao Ceres. Mancuso, irritado, deu uma bolada num reserva e iniciou a confusão. Ele foi expulso. O jogo ficou paralisado por cerca de dois minutos e quando a bola voltou a rolar, o árbitro Lucas Estevão acabou optando por encerrar a partida. Placar final: Tigres 1 x 0 Ceres.
O Tigres tem 7 pontos e boas chances de classificação, enquanto o Ceres, com 4, depende de um milagre para se classificar pelo Grupo B.
Os dois times voltam a campo na sexta-feira, às 15h: o Tigres pega o Casimiro de Abreu em Los Larios, enquanto o Ceres vai até Cabo Frio para enfrentar o Araruama, no Alair Corrêa.
Texto de Luiz Nascimento
Matéria publicada em 01/12/2020, às 09:50