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Reforço anunciado em dezembro de 2020, Ruan Espinho, ou apenas Espinho, é cria da base do Americano e tem mais de 14 anos de clube, entre idas e vindas, desde sua formação como atleta. Natural de Campos dos Goytacazes, ele entende o tamanho do clube e a situação que vive. Depois de uma grande temporada com o Sampaio Corrêa-RJ, onde foi escolhido para a Seleção do Campeonato da B1, o zagueiro está de volta ao clube que o projetou para o futebol.
Em entrevista exclusiva feita com o Cariocado, Espinho falou sobre diversos assuntos, desde a ausência de público, até a responsabilidade em voltar para um clube tão tradicional quanto o Americano. O atleta se mostra bastante confiante no trabalho que vem sendo desenvolvido pelo clube e a comissão técnica, acreditando que o acesso para a fase principal da Série A do Carioca é possível. Será preciso muito trabalho duro e dedicação, mas é algo factível.
Espinho também selecionou alguns momentos de sua trajetória no clube, como quando anotou um gol contra o Flamengo, em 2019. A partida era válida pela Série A do estadual e o próprio jogador admite ter sido um momento especial em sua carreira. Também destacou que 2017 foi sua melhor fase pelo clube, onde dava solidez defensiva, mas também anotava seus gols e contribuía para algumas vitórias. Quando perguntado sobre a ausência de público, Espinho comentou que a torcida do Americano continuará apoiando, mesmo que longe do estádio. Por se tratar de pessoas muito apaixonadas e com um carinho enorme pelo Alvinegro, ele não tem dúvidas que os jogadores vão receber todo o apoio necessário na disputa da Seletiva.
A entrevista completa pode ser lida abaixo:
Sendo uma pessoa nascida em Campos, você entende como ninguém o peso e a tradição do Americano. Mas além disso, você é cria da base e passou anos defendendo essa camisa. Qual a sensação de voltar nesse momento, com tanta experiência acumulada?
"A sensação é a melhor possível, ainda mais em poder voltar para casa, para o clube que me formou. Sabemos da imensa responsabilidade que é representar o Americano, um grande clube e com a camisa pesada. Mas, se Deus quiser, iremos em busca do nosso objetivo principal, a classificação na Seletiva. Dessa forma, colocaremos o Americano de volta no lugar que ele nunca deveria ter saído."
Na sua opinião, qual foi o maior momento vivido com a camisa do Americano até agora? E qual seria a sua melhor fase no clube?
"Meu maior momento vivido no Americano foi em 2019. Isso porque jogamos a Série A e eu fui muito feliz ao marcar um gol contra o Flamengo, um dos grandes clubes do Brasil. E minha melhor fase foi em 2017. Apesar de não conseguirmos o tão sonhado acesso, eu consegui manter uma boa fase, anotando gols importantes que garantiram algumas vitória. Por isso, eu coloco 2017 como minha melhor fase no Americano."
O fato de não haver público nos estádios é algo muito estranho para os jogadores, mesmo com cobranças fora de campo e nas redes. Qual a sua sensação em jogar sem a torcida do Americano apoiando?
"A sensação de jogar sem a torcida é muito estranha. A nossa torcida sempre se faz presente para nos apoiar, mas dessa vez não poderão comparecer. Mas só pelo fato deles passarem toda essa energia positiva fora de campo, isso já nos ajudará. A torcida do Americano é fanática, gosta muito do clube e tenho certeza que, mesmo longe da arquibancada, eles vão transmitir todo esse carinho para nós. Para os jogadores, pelo momento que vivemos no país, é preciso se acostumar com essa situação de estádio vazio."
Para finalizar, qual sua projeção para a temporada do Americano?
"A projeção para a temporada é a melhor possível, com pensamento positivo e muita dedicação. Estamos focados, trabalhando muito forte e absorvendo o que o professor Caé passa para a gente. Iremos em busca desse acesso, colocar o Americano de volta na Série A. O trabalho é forte e, se Deus quiser, conseguiremos nosso objetivo."
A estreia do Americano na Seletiva será no sábado (16), quando enfrenta a Cabofriense. O jogo acontecerá no Estádio Antônio Ferreira de Medeiros, o Ferreirão, em Cardoso Moreira, às 15h. Para chegar até a fase principal da Série A, o clube precisa terminar em primeiro na Seletiva.
Texto de Hugo Lage
Matéria publicada em 12/01/2020 às 13:00