DO LADO DO TRICOLOR, MUITA RECLAMAÇÃO

Foto: Gabriel Farias

O Gonçalense perdeu a semifinal contra o Nova Iguaçu, mas pro time do Jardim Catarina, as reclamações não terminam por aqui. Em nota oficial divulgada nas redes sociais no final da manhã de hoje, o tricolor enumera vários erros da arbitragem, inclusive de comportamento e também reclamam da postura do Nova Iguaçu.

Tudo começou na chegada, quando seguranças do clube da Baixada impediram o acesso ao vestiário visitante, sob alegação de que toda a delegação tricolor tinha que passar pelo protocolo de aferição de temperatura. Além disso, a delegação afirma que um segurança do Nova Iguaçu estava armado.

Já durante a partida, a reclamação do Tricolor Metropolitano é da arbitragem de José Wadson de Matos Modesto. Na visão do Gonçalense, a expulsão do jogador Lucas Marreta foi exagerada. Além disso, um pênalti contra o atacante Sabão foi ignorado (sendo que o próprio atleta acabou levando amarelo por reclamação).

E o mais grave: durante a partida, o árbitro chegou a xingar o Gonçalense, chamando de time de pelada e cata - cata.


Confira a nota oficial abaixo.

"A direção do Gonçalense Futebol Clube vem por meio desta nota oficial se manifestar e se posicionar sobre os lamentáveis acontecimentos antes e durante a semifinal da Taça Santos Dumont, realizada na última quarta-feira (21/10), no Estádio Laranjão, contra o Nova Iguaçu.

Na chegada de nossa delegação, 1h30 antes do horário previsto para a partida (conforme determina o protocolo Jogo Seguro implementado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro para a disputa da competição em meio à crise de saúde pública pela qual o país passa), seguranças do Nova Iguaçu impediram o acesso ao vestiário visitante alegando que jogadores, comissão técnica e staff deveriam passar pelo protocolo de aferição de temperatura, que seria realizado pelo delegado do jogo. Debaixo de sol, nossos atletas, prestes a disputarem uma semifinal, tiveram que aguardar cerca de 15 minutos até que um representante da Federação chegasse para cumprir o protocolo.

Na tentativa de contornar a situação e conseguir contato com o delegado do jogo para que o acesso ao vestiário fosse liberado, membros de nossa direção e comissão técnica foram tratados de forma truculenta por três seguranças do Nova Iguaçu - um deles, inclusive, portando arma de fogo e mostrando o artefato de maneira sequencial com o intuito de nos intimidar.

Durante o jogo, cabe ressaltar a péssima arbitragem conduzida por José Waldson de Matos Modesto, que interferiu diretamente no resultado final, conforme lances descritos a seguir:

- Em uma troca de empurrões entre os atletas Lucas Marreta (Gonçalense) e Abuda (Nova Iguaçu), o árbitro sacou o cartão vermelho direto para nosso zagueiro e nada aplicou ao jogador do time mandante. Tal atitude se mostrou tendenciosa em favor do Nova Iguaçu, que se beneficiou de um lance que, se necessário, deveria gerar punição para ambos os lados. No entanto, o árbitro do jogo escolheu, de maneira inexplicável, penalizar apenas o nosso atleta. Num cenário tão equilibrado entre dois times profissionais qualificados, é nítido que uma expulsão tem grande poder de afetar os rumos do jogo.

- Um pênalti claro também foi ignorado em lance de ataque do Gonçalense, quando o atacante Sabão sofreu um carrinho forte, que, além de ter interrompido a jogada, poderia também colocar em risco a integridade física de nosso atleta. Além da penalidade, o rigor da aplicação do cartão deveria ter sido observado, algo que não foi feito pelo árbitro da partida. Este apenas assinalou escanteio.

Ainda com relação à equipe de arbitragem, antes da partida causou estranhamento o fato do quarto árbitro não se dirigir ao nosso vestiário, como é de praxe, para tratar de assuntos como a composição do uniforme de jogo, obtenção da relação de atletas, além da conferência rotineira de documentos. Já no fim da partida, outro ponto claramente incomum foi a pressa com a qual o árbitro se retirou de campo, apitando o término do jogo e rapidamente partindo em direção ao vestiário, sendo que, apesar da péssima arbitragem, os ânimos estavam contidos e nenhum de nossos atletas se dirigiu ao árbitro de forma ríspida.

Em termos de comportamento, foi comum, durante o jogo, o árbitro da partida provocar nossos atletas chamando o Gonçalense de "time de pelada", "time de cata cata", entre outros termos pejorativos, que em nada condizem com a atitude de um árbitro que está apitando uma das competições de futebol profissional mais importantes do estado do Rio de Janeiro.

Em tempos onde a tecnologia dita o ritmo de uma arbitragem limpa e correta, é inadmissível que um clube seja prejudicado e desrespeitado de maneira tão absurda, seja em qualquer fase de uma competição tão bem disputada e parelha como a Série B1 do Campeonato Carioca. Chama atenção, no entanto, que tais erros aconteçam principalmente numa semifinal de turno, que é um confronto naturalmente mais acirrado e decisivo.

O Gonçalense Futebol Clube encerra lamentando tais acontecimentos e esclarecendo que legitima os resultados que acontecem no campo de futebol, sejam eles positivos ou negativos, desde que sejam frutos de um andamento correto do jogo, antes e depois da bola rolando."

O Gonçalense volta a campo na próxima quarta feira, contra o Sampaio Corrêa, já pela Taça Corcovado


Texto de Luiz Nascimento

Matéria publicada em 22 de Outubro de 2020, ás 18:02.

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