Foto: Divulgação / Friburguense
O torcedor do Rio de Janeiro já está habituado a acompanhar o Campeonato Carioca e ver em campo jogadores como Cadão, Bidu, Sergio Gomes e Ziquinha. Por muitos anos os quatro vestiram a camisa do Friburguense e se tornaram ídolos do pela longevidade e grande identificação com o clube. Mas o tempo passa, a idade começa a pesar e os jogadores do quarteto interminável do Friburguense, pouco a pouco penduram suas chuteiras.
O primeiro a puxar a fila foi Cadão. No dia 18 de abril de 2018, o capitão do Tricolor da Serra anunciou sua aposentadoria aos 46 anos, encerrando uma trajetória que se iniciou em 1996, ano em que estreou no Frizão. Após o término da carreira como jogador, Cadão não abandonou o clube e assumiu o posto de técnico, que ocupa até hoje. No ano seguinte, foi a vez de Sergio Gomes. O lateral que foi o recordista de partidas com a camisa do Friburguense, encerrou sua carreira como jogador e assumiu a função de auxiliar técnico de Cadão na equipe de Friburgo.
Márcio Guindani Soares, o Bidu, tem 40 anos. Nasceu em Nova Friburgo e na maior parte de sua carreira, atuou em sua cidade. Após estrear nos profissionais pelo Friburguense, no ano 2000, chegou a defender outros clubes em sua carreira, como Goytacaz, Tigres, Avaí (SC) e Brasiliense (DF). Porém Bidu sempre voltava ao Friburguense, que é a sua casa, onde costumava atuar como volante e eventualmente como zagueiro. Pelo Frizão, atuou por 21 anos, em 300 partidas e teve 7 gols marcados.
Bidu vestiu a camisa do Friburguense pela última vez, no dia 11 de janeiro deste ano, em um jogo da Seletiva contra o Americano, no Estádio Eduardo Guinle, em Nova Friburgo, onde viveu grandes momentos.
Em um vídeo veiculado pela Inter TV, afiliada da Rede Globo na Região Serrana, Bidu anunciou sua aposentadoria e revelou os motivos que o fizeram decidir pelo fim da carreira.
– Entendo que tudo na vida tem um momento, e o meu momento como jogador profissional está se encerrando. Foi um ciclo maravilhoso, onde vivi e aprendi várias coisas, mas a gente sabe que na vida tudo tem a sua hora, e chegou a minha hora de parar. Eu agradeço muito a Deus, ao Friburguense, que foi o clube que abriu as portas para mim, agradeço ao Siqueirinha (diretor de futebol do clube), que acreditou em meu potencial. Se hoje eu tenho tudo o que conquistei na vida, é muito por causa dele. Agradeço à todos os clubes em que joguei, aos torcedores, aos amigos que fiz nos clubes por onde passei. Agradeço à minha família, que sempre esteve do meu lado. Sou muito feliz e grato por tudo que eu vivi nesses 21 anos como jogador profissional – ressalta o jogador
Assim como seus companheiros mais longevos, o atleta integrará a comissão técnica para a Seletiva de 2021, que se inicia no dia 16 de janeiro, data em que o Friburguense estreia contra o Nova Iguaçu, fora de casa.
Texto de Pedro Sodré
Matéria publicada em 30/12/2020 às 11:20